quinta-feira, 15 de março de 2012

Cacetinho quentinho

É apenas uma questão de variação linguística...
No sul do país!
Santa Cruz do Sul

Uma ideia puxa a outra


As expressões são formas de linguagem que pode ser compreendida em qualquer idioma. 

A leitura motivada


A leitura ao ser motivada é um fator de desenvolvimento às crianças, aos jovens e, por que não aos adultos. O leitor viaja em suas leitura com vibrações e sonhos. Vale dizer que é muito mais prazeroso que apenas assistir a um filme.
Professores e pais devem recomendar, incentivar  e fomentar a leitura aos seus pupilos. 


EDUCAÇÃO É TUDO


Um país que não respeita os professores, não tem futuro!
Hoje, a partir do comportamento do povo cascavelense nas ruas, eu acredito num futuro confortável para os cidadãos. Durante a passeata pelas ruas centrais de Cascavel, os professores foram muito respeitados pelos motoristas e demais transeuntes. Agora o que falta é o respeito do poder público.
E aqui vai um apelo para os políticos do Brasil inteiro: cuidem da Educação, pois ela é a base de tudo!
Com a Educação se vai muito bem, obrigada. Sem ela, não clamem por saúde, por segurança, pois tudo será em vão.
Acreditem, senhores políticos, detentores da confiança do seu povo, nesse mesmo povo que os elegeu e sonham com um futuro melhor. Lembrem-se: sem Educação, não há esperança.

Vídeo motivacional "O pai me ama"


O pai, figura importantíssima na vida do filho, vai ao extremo para dar tudo de si.
Vídeo com impacto motivacional na vida de pais e filhos.

E eu sou filha de um pai que me amou genuinamente. O meu herói! O meu maior amigo!
Amor incondicional. E eu sempre o ouvi dizer: O pai ajuda!
 E ele sempre esteve presente. E me ajudou a acreditar no que importa para viver bem e feliz.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Timidez

Essa foi para mim quando era uma jovem apaixonada pela vida e já tinha um coração pronto para amar alguém muito especial.


http://www.youtube.com/watch?v=GMtan8AM8z4&feature=related

Acústico mix

Como é formidável ouvir, curtir. O que é bom dura o tempo necessário para ser inesquecível!
Adoro essa banda.
Considero-a toda minha, embora é ouvida pelo mundo.
Quando puder, ambientalize-me ao som dos corações que não são iguais.
Minha alma, cativa pela boa música, agradece eternamente!
http://www.youtube.com/watch?v=5AG7kUisHk0&feature=related

Provas de Amor


Ali estávamos nós, tão felizes! O tempo todo a alegria era contagiante, apesar do frio. Era o dia mais frio do ano de 2010. Afinal o casamento é a prova de amor tão esperada e desejada entre os noivos e pulveriza o ambiente com acolhimento. Sentir-se acolhido e aceito é uma das maiores satisfações do homem. Não, não estou falando do meu casamento que, por sinal, é uma bênção! Éramos os convidados do Marlon, filho da Cida. Um jovem que fora meu aluno na quinta série do colégio Interlagos. Gente boa esse Marlon. Menino decente. Agora um homem trabalhador e que honra sua família. Mas é da Cida que eu vou tecer meu comentário. A Cida é o sinônimo de valentia. Uma mulher lutadora por todos os seus ideais. Nela a força do pensamento é resultado de realização. Foi ela quem cuidou com carinho e dignidade das minhas filhas. Ela sempre dizia: "Tem de ter cuidado com quem deixa os filhos, porque tem babás que dopam os bebês com novalgina e eles dormem o tempo todo." Foi ela também quem salvou as duas de um desastre. Quase que cai uma estante sobre elas. A  Cida, cuja cor negra, naquele dia estava consternada, até mudou de cor: estava branca diante do terror que a cena causaria. Isso é mais prova de amor ainda. Dar de si tudo ao outro sem nada esperar. Mas a minha gratidão é infinita. Isso talvez ela já tenha percebido. São apenas algumas provas de amor que a humanidade espera: lealdade, gratidão, respeito, amor... amor... Infinito enquanto dura, mas que tem a duração exata para ser guardado no peito.
Amar jamais será um erro!

www.youtube.com/watch?v=v22Z-EYReYU&feature=related

Roupa Nova

Em Cascavel na próxima sexta-feira, 16 de março.
Imperdível.


http://www.youtube.com/watch?v=v22Z-EYReYU&feature=related

Meu Universo é Você

quarta-feira, 7 de março de 2012

Medos e segredos - Pemas Marcia Rauber








HOMENAGEM AO MEU QUERIDO PAI ANTÔNIO JOSÉ VOLK RAUBER QUE HÁ UM MÊS PARTIU DESTA VIDA

HOMENAGEM AO MEU QUERIDO PAI ANTÔNIO JOSÉ VOLK RAUBER QUE HÁ UM MÊS PARTIU DESTA VIDA
15/01/2010
Há alguns dias meu pai partiu
Em viagem.
No seu adeus deixou um riso e um pranto.
Ah! Quanta saudade do sorriso dele...
Dos conselhos dele, e
Da amizade cara!
Que saudade do meu pai...
Meu grande amigo
Ele que deixou uma casa
Repleta de filhas...
Meninas-netas
E o neto terno e semblante semelhante.
E a amada sempre esposa...
É, ele partiu
Ao som do Anjo Azul
Solicitado pelo anjo
Que tanto pediu
E nesse anseio de curar-lhe a dor
Suplicou que a cantasse ao vovô...
A canção dizia
Que o amor é a vontade
Se houver amor, há toda a realização;
Meu pai se foi junto com as notas
Sua alma íntegra e boa
Seguiu a luz
Cuja faixa se deu
Sobre os olhos seus
E o levou para longe desta dimensão
Onde reina a paz do Criador que busca e reanima a sua criação
Exemplo de fé!
Isso é o que mais marcou
Na existência virtuosa do meu pai
A namorada eterna o sabe
E comemorou nesta fé
Os nascimentos
As formaturas
As mortes
Os renascimentos
Ombro a ombro, coração a coração
União e amor
Esta foi a essência
Grande em Deus
Grande na fé
Meu pai partiu, ouviu a voz do vento,
Sentiu as águas do mar da vida,
Sentiu o amor pela cruz.
Amou a mãe,
Amou o filho,
Amou o Pai!
Por isso ele já se apresenta
Na casa eterna
Com paredes limpas
Cortinas de seda
Chão encerado.
Tudo em seu lugar,
Como ele sempre quis!
Meu pai está pleno,
Tudo consumado!
Sei que espera cada um dos seus
Pois foi antes para curtir a juventude de sua alma
Ele, que, nesta vida terrena viveu
A sua infância com cultivo, ordem e sabedoria.
A saudade é grande
Mas a expectativa é boa:
Que diante de Deus
O pranto seja somente de alegria
Por deixado para trás
A sua que também é minha
Querida família...
A certeza de que a caixa de lembranças vivas
Guarde o que sempre conteve:
Amor, bem estar, felicidade e alimentos para a vida...
Tudo o que meu pai propôs...
E que deu de si, tudo!
Deixou o que tinha
E seguiu o Cristo Jesus.
Digo porque vi
Na hora da partida
Os seus olhos se abriram e meu pai viu a luz!
Ao fechar seus mansos olhos azuis
A cor de seus olhos juntou-se com o azul do céu, do mar e embarcou
Nas asas dos anjos e foi permanecer
Na linda luz de Deus.
Selo aqui com lágrimas de saudade de meu pai
Pois a saudade é o amor dele que ficou!

Com amor, Marcia Lucia Rauber Fevereiro de 2010.



http://www.musicashow.net/busca/musica-sertaneja-que-fala-de-pai

terça-feira, 28 de junho de 2011

Um passeio no Rio Grande do Sul.

Café com poesia: Um poema de amor

Café com poesia: Um poema de amor

Café com poesia: Poema de dúvida

Café com poesia: Poema de dúvida

Café com poesia: Viajando nas Cataratas. Clique no link e sobre a foto das Cataratas. Boa viagem!

Café com poesia: Viajando nas Cataratas. Clique no link e sobre a foto das Cataratas. Boa viagem!

Café com poesia: Você quer entrar no mundo das mais fantásticas histórias? Então siga a minha dica: clique no link abaixo e tenha o melhor dos entretenimentos, pois a leitura é um dos meios mais maravilhosos para adquirir o conhecimento. Você pode me questionar: "Que conhecimento com histórias?" Claro, pois o mundo literário é o encantamento. Pelo encantamento chegamos a todas as outras esferas, inclusive o mundo científico. Este, que é formidável. Afinal, viver é formidável. Viver é ler! Ler os olhos de quem você ama e encontrar a resposta que você precisa. Ler a alegria no rosto das pessoas, mas também compreender a tristeza quando esta aparece. Você sabe ler? Você gosta de ler? Venha! Você é o meu convidado para entrar no mundo da leitura. Abraço carinhoso.

Café com poesia: Você quer entrar no mundo das mais fantásticas histórias? Então siga a minha dica: clique no link abaixo e tenha o melhor dos entretenimentos, pois a leitura é um dos meios mais maravilhosos para adquirir o conhecimento. Você pode me questionar: "Que conhecimento com histórias?" Claro, pois o mundo literário é o encantamento. Pelo encantamento chegamos a todas as outras esferas, inclusive o mundo científico. Este, que é formidável. Afinal, viver é formidável. Viver é ler! Ler os olhos de quem você ama e encontrar a resposta que você precisa. Ler a alegria no rosto das pessoas, mas também compreender a tristeza quando esta aparece. Você sabe ler? Você gosta de ler? Venha! Você é o meu convidado para entrar no mundo da leitura. Abraço carinhoso.

Café com poesia: Dicionário priberam, prático e atual.

Café com poesia: Dicionário priberam, prático e atual.

Café com poesia: Olha... você não pode negar isso: Está muito bonita esta mesa. Sabe por quê? Porque tem café com poesia.

Café com poesia: Olha... você não pode negar isso: Está muito bonita esta mesa. Sabe por quê? Porque tem café com poesia.

Café com poesia: Hummm... Que tal um cafezinho?

Café com poesia: Hummm... Que tal um cafezinho?

Café com poesia: Fotos dos alunos do Projeto de implementação do PDE: LEITURA E PRODUÇÃO ESCRITA DO GÊNERO DISCURSIVO POEMA.

Café com poesia: Fotos dos alunos do Projeto de implementação do PDE: LEITURA E PRODUÇÃO ESCRITA DO GÊNERO DISCURSIVO POEMA.

Café com poesia: Trabalho realizado com os alunos-poetas do Colégio Estadual Professor Victório Emanuel Abrozino - Cascavel-PR. A cada atividade comprometimento e atitudes brilhantes dos alunos da 5ª série F do ano de 2010. Parabéns alunos!

Café com poesia: Trabalho realizado com os alunos-poetas do Colégio Estadual Professor Victório Emanuel Abrozino - Cascavel-PR. A cada atividade comprometimento e atitudes brilhantes dos alunos da 5ª série F do ano de 2010. Parabéns alunos!

POEMAS - SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA SEXTO ANO


O universo da poesia é muito amplo e encantador e o professor é o mediador e o incentivador das crianças neste mundo da leitura. E sabemos que a leitura deve ser algo prazeroso, lúdico e bastante agradável.
Alguns educadores questionam: Para que ensinar poesia?  Como ensinar poesia? Se é necessário ter dom para ensinar?
Como educadores devemos conhecer um pouco de inspiração poética.
Por isso fiz uma sequência didática para professores de Língua Portuguesa trabalharem este gênero sofisticado e lúdico.

MARCIA LUCIA RAUBER
SEQUÊNCIA DIDÁTICA COM O GÊNERO DISCURSIVO POEMA – UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA ALUNOS DO 6º ANO



PROFESSORA ORIENTADORA IES:

Profª. Ms.Rosana Becker Fernandes

- UNIOESTE



ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO:   

Colégio Estadual Professor Victório Emanuel

Abrozino – 6º ano


TEMA DE ESTUDO:

A linguagem como prática discursiva


TÍTULO:


Leitura e produção escrita do gênero discursivo “poema”: uma proposta de trabalho pedagógico


Sumário

1. Apresentação da proposta p. 5

2. Partir do conhecimento prévio dos alunos p. 6
3. Contato inicial com o gênero textual em estudo p. 7
4. Estratégias de leitura p. 9
4.1 Estudos das rimas p.11
4.2 Posição na estrofe p.11
4.3 Tonicidade p.13
4.4 Sonoridade p.13
5. Organização e sistematização do conhecimento p.15
5.1 Análise dos modelos: estudo detalhado dos elementos do gênero, suas
situações de produção e circulação p.15
5.2 Busca de informação e ampliação de repertório p.15
5.2.1 Cecília Meireles p.16
5.2.1.1 O Cavalinho Branco p.19
5.2.1.2 Bolhas p.20
5.2.1.3 Retrato p.21
5.2.1.4 É Preciso não esquecer nada p.21
5.2.2 Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho p.24
5.2.2.1 O Bicho p.26
5.2.2.2 Neologismos p.26
5.2.2.3 Andorinha p.27
5.2.2.4 Pardalzinho p.28
5.2.2.5 Porquinho-da-índia p.29
5.2.2.6 Pneumotórax p.29

5.2.3 Ricardo Azevedo p.315.2.3.1 Poema do tempo p.33
5.2.4 Pedro Bandeira p.34

5.2.4.1 Choradeira p.36
5.2.4.2 Ninho no coração p.38
5.2.5 Mário Quintana p.39
5.2.5.1 Poeminha do contra p.41
5.2.5.2 Bilhete p.41
6. Atividades de preparação para escrita de poemas p.42
6.1 Produção de poema de forma coletiva p.42
7. Usar como estratégias sugestões e perguntas anteriores à produção p.43
7.1 Revisão e reescrita p.43
7.2 Avaliação formativa para esta sequência didática p.44
7.3 Exposição do material produzido p.44
8. Atividades complementares p.44
8.1 Para jogar, pensar e desconstruir p.44
9. Referência p.48


1. Apresentação da proposta

Professor, primeiramente é necessário selar o contrato didático com seus alunos. Para isso combine regras, planeje e organize as atividades pedagógicas juntamente com os mesmos.
É importante ressaltar que o tempo de desenvolvimento das atividades é de no mínimo 3 meses, sendo empregadas de uma a duas aulas semanais, as quais demandarão pesquisas e leituras em bibliotecas, atividades coletivas e buscas em sítios da internet de outros poemas dos autores escolhidos trabalhados. As biografias já se encontram no interior desta sequência didática. De tais pesquisas resultarão trabalho de produção.
No caso específico da aplicação desta sequência, já é esperado uma série de resultados, bem como exposição de trabalhos dos alunos. Como exemplo, pode-se esperar um sarau noturno ou exposição em um final de semana para pais, professores e alunos da escola. Além disso, como sugestão vislumbrada para resultados finais, pode-se pensar em um espaço denominado “caminho da poesia” em que um dos poemas escolhidos do aluno-autor, ou uma produção coletiva realizada pela turma, venha a ser escrito na íntegra em local preestabelecido para esta situação. Isso é possível, após criteriosa seleção no meio escolar do poema elaborado nas atividades, sendo que o mesmo pode permanecer no chão pela tecnologia digital avançada, um sistema denominado adhesive print.
Esta sequência didática pelo seu caráter didático pedagógico visa trabalhar com a língua portuguesa na concepção sociointeracionista, isto é, leva em consideração autores e leitores como sujeitos da ação verbal, tanto no processo oral quanto escrito.

“Uma Sequência Didática tem, precisamente, a finalidade de ajudar o aluno a dominar melhor um gênero de texto, permitindo-lhe, assim, escrever ou falar de uma maneira mais adequada numa dada situação de comunicação. Este trabalho será realizado sobre gêneros que o aluno não domina ou o faz de maneira insuficiente; sobre aqueles dificilmente acessíveis, espontaneamente, para a maioria dos alunos; e sobre gêneros públicos e não privados.” (Dolz, Schnewly e Noverraz (2004, p. 97)

Seguindo alguns padrões sistematizados em sequências didáticas como sugerem Dolz, Schnewly e Noverraz (2004, p.95), porém adequando ao sistema educacional vigente em nossa escola, considerando ainda que as sequências didáticas contribuem para o domínio de algum gênero eleito para aprofundamentos e a sua utilização em momentos específicos da fala, da escrita e da oralidade, é o principal objetivo que direciona à composição deste material didático. A opção pelo gênero poema é devida pelo pouco que está superado e ainda, pelos conhecimentos acerca do mesmo, pois ainda não atendem nem mesmo as poucas previsões propostas nas Diretrizes Curriculares e nos Parâmetros Curriculares. Devem ser levados em consideração tais apontamentos, porque é muito pouco o que se refere ao estudo do poema nestes importantes documentos que circundam o produto e o resultado nas práticas pedagógicas.
Então, as atividades mediadas por esta sequência didática serão feitas de maneira sistemática sobre o gênero “poema” e o objetivo básico é o aprofundamento do conhecimento gerando domínio sobre este gênero. Está dirigida às 5ªs Séries ou 6ºs Anos, haja vista suas contribuições literárias destinadas à idade dos alunos da série/ano mencionada.
2. Partir do conhecimento prévio dos alunos.

Professor, para começar, investigue o que os alunos já sabem sobre o tema sobre o gênero a ser trabalhado. É o momento de pedir que cada aluno elabore um poema. Dessa produção você terá a base do conhecimento em poema por parte da classe. Analise, interaja com a classe possibilitando a socialização das produções.
Esta produção deverá ser guardada para ser comparada com a produção final para avaliar os avanços conseguidos. Sugira uma forma de guardar o poema em uma folha como uma página de álbum. Colorida e assinada reservando uma página do tipo decorada para receber em alguns meses a forma aprimorada de poema que será produzido como trabalho final no processo desta sequência didática. Professor, isto é necessário ser feito para uma comparação com o resultado final avaliado após o trabalho com a sequência didática.


3. Contato inicial com o gênero textual em estudo

A fim de favorecer o contato com o gênero a ser trabalhado, você professor deverá ajudar os seus alunos a identificar o que caracteriza o gênero “poema”. Para isso é preciso que os alunos conheçam as características do gênero, e isto pressupõe:

·         identificar diferenças e semelhanças comparando textos organizados no gênero “poema” com outros de gêneros diferentes para estabelecer diferenças;

·         estabelecer relações de comparação, ou seja, comparar textos do gênero “poema” a fim de estabelecer semelhanças e aprofundar as observações anteriores.
Leia textos para a classe em voz alta. Motive-os a ler e ouvir muitos exemplares deste gênero. Nesta sequência didática segue diversos poemas de autores brasileiros e suas respectivas biografias, pois é necessário situar o tempo e o espaço da produção verbal para que haja uma melhor compreensão dos alunos. É importante que os alunos compreendam as motivações de escrita do poeta em relação à época por ele vivida, e se possível, fazer uma menção do que ocorria no país no momento daquela criação literária. Este trabalho preconiza a historicidade de fatos e significa interdisciplinarizar acionando para a criação e a comparação existente entre os fatos.
Dessa forma, a enunciação, ou seja, o que foi dito e no momento que foi dito contribuirá para melhor compreender o poema. E ainda vale lembrar que, ao proceder dessa forma, professor, os alunos terão competência para compreender diferenças entre escrita da contemporaneidade e de épocas diversas, conhecer e, dominar o que está estudando.
Porém, professor, como você poderá perceber no trabalho com os poemas selecionados nessa sequência didática, o que foi dito sobre contexto histórico pode ser insignificante ao se tratar de poema atemporal, cujo tema abrange o âmago da vida humana, sendo que a maioria da seleção corresponde a temas desta natureza.
Portanto, não se referem a nenhum contexto histórico, mas sim no plano transcendental, que é aquele que ultrapassa à explicação da lógica formal e o formalismo da ciência, e vai além, inclusive, da imaginação.
O trabalho com poemas pode restabelecer vínculos nos sujeitos envolvidos neste trabalho pela riqueza de recursos e, principalmente pela ação das palavras. Através delas, muitas expectativas de cunho espiritual ou emocional podem sersuperadas. A palavra e o seu jogo podem construir ou desconstruir ideias, inclusive ideais. O momento da aula se faz histórico por constituir o principio da criação onde o “verbo se fez carne”. Diante disso não há como separar o homem da palavra. Foi pensando no princípio bíblico que surgiu esta abordagem, mas a real expectativa do homem está na sua edificação através da palavra e não há como separá-lo da mesma. É pela palavra que ele busca emprego, que ele namora, que ele estabelece seus vínculos. Sendo assim o poema, aqui incentivado ao conhecimento dos alunos, serve para edificar a parte mais sensível do homem, pensando neste como os nossos alunos.
O principal propósito desta sequência didática é desenvolver a competência leitora, motivando e incentivando os alunos a se superarem por meio de leitura. Neste caso o acervo de poemas. Isto possibilitará aos alunos que alcancem maior gosto pela leitura, encaminhando-os aos universos de leitura diferentes e que possibilitarão maior conhecimento do mundo. Quanto maior é o gosto pela leitura, maior será a compreensão e a interpretação do que se lê. Ou seja, que o aluno aprenda a recorrer às estratégias para poder antecipar conteúdos e propriedades dos textos que for ler, localizando informações, fazendo checagem e levantamentos de hipóteses.
Por ser uma sequência didática com o gênero poema, ela corroborará certamente para facilitar as competências ligadas aos aspectos discursivos da língua, salientando que são estas que definem o perfil do leitor crítico. Isto porque envolve a sensibilidade do leitor-aluno, de tal forma que não limitará o seu campo de envolvimento com o mundo científico que o acerca. Estes aspectos estão diretamente relacionados com a situação de comunicação em que o texto foi produzido e respondem a questões como quem é o autor; que papel social ele exercia no momento que escreveu; que pontos de vista assumiu ao escrever; que veículo ou suporte contém o texto; como e onde esse veículo circulará, ou circulou, que finalidade tem o texto, etc.

4. Estratégias de Leitura

A leitura em voz alta do professor deve ser antecedida pela exploração do título junto ao aluno, como por exemplo com perguntas: Qual é o assunto que vocês supõem será tratado nesse poema? Na falta de um título, pode ser explorado o primeiro verso do poema. Podem acionar mecanismos de interação com moldes sociais vigentes ou vivenciados em outras décadas.
Pensar ainda, a partir do mesmo sobre o que seus alunos pensam que o autor vai tratar no poema. Trata-se, professor, do antecipar o que se vai ler. A antecipação representa o reforço à reflexão. Assim trata-se de uma estratégia de leitura que propõe de modo significativo a interação do poema e do conhecimento de mundo do aluno. Ao fazer isso elencará recursos que favorecem muito a compreensão leitora do texto poético.
Em muitos poemas há palavras que podem ser difíceis para os alunos. Você, professor, deve prever possíveis dificuldades dos alunos quanto aos vocábulos do poema e informá-los dessas eventuais questões antecipadamente, para facilitar a escuta e a compreensão do que você vai ler. Explique o que é um poema e o que é uma poesia e em que consiste um verso e uma estrofe. Outra questão bastante relacionada ao assunto são as rimas. Reserve duas aulas para tratar dos tópicos citados neste parágrafo.
Vamos lá!
Antes de tudo é importante ressaltar a seus alunos que fazer um poema é uma arte. E, em que consiste esta arte? Consiste em escrever versos ou em versos. Cada linha de um poema é um verso. Então é um texto, cuja estrutura é formada por versos, estrofes e rimas. Quando não houver rimas estas são chamadas de rimas brancas. É um jogo de palavras que de acordo com o ritmo e as rimas se torna muito agradável, e aquele que diz não gostar de poemas é porque nunca sentiu o poema em sua majestade, não o estudou ou não foi envolvido pelo mesmo de alguma forma. Todavia o que mais se sobressai neste gênero textual é o poder da palavra tocar o coração por meio de figuras de linguagem capazes de transcender o ser humano.
Isso ocorre muitas vezes pela falta de oportunidade dada aos estudos do gênero poema nas escolas da rede pública e privada, primando por outros gêneros.
Diante disso, poema é o texto escrito, mas a poesia é a sensação de que há “um coração pulsando” dentro do poema, é a sua transcendência. Fazer poesia é dar entusiasmo às palavras. Isso quem o faz é o seu criador (autor/poeta) que, inspirado por seus sentimentos, sugere em seu texto (poema), sentimentos que afloram em seu íntimo, bem como: amor, raiva, angústia, beleza, fantasia, sonho, sedução. A poesia é o que eleva ou comove as pessoas. Afinal, pode se encontrar poesia não apenas em um texto, mas numa paisagem ou num quadro. Ao transmitir encanto, graça e atração, sabe-se que há poesia. Ela está sempre presente no poeta por meio do seu eu-lírico, "eu" que fala na poesia, muito utilizado em textos de gênero lírico que expressam os sentimentos do autor. Professor, busque conhecer mais sobre este assunto no seguinte endereço eletrônico, cujos exemplos denotam bem o que vem a ser o eu-lírico:

pt.wikipedia.org/wiki/Eu-lírico.
O eu-lírico também pode estar presente no leitor, ou não, pois nem todo o leitor é dotado da sensibilidade que se requer neste caso. Afinal, não há como incutir transcendentalismo em todos os seres humanos, pois nem todos os seres humanos estabeleceram vínculos com a arte ou leitura no mesmo grau. Deve ser considerado que cada pessoa é única. A plenitude individual é conquistada pelos próprios sentidos, desejos ou outras formas de plenitude.
O poema é considerado pela sua constituição o mais antigo gênero que já existiu na história da humanidade, porque as formas textuais compostas por versos, rimas e repetições, eram fáceis de serem memorizadas na música e no teatro. Assim, até mesmo muitos fatos históricos, da antiguidade, os chamados poemas épicos eram declamados em praça pública para lembrar ações do povo e, dessa maneira, não cairiam no esquecimento. Ainda vale lembrar que poesia, música, teatro e dança surgiram simultaneamente. São artes que no decorrer da história foram seguindo por caminhos diversificados. Algumas têm mais preferências a outras, mas serve apenas para lembrar que o que não é visto, não é lembrado.
Apenas se gosta do que se conhece!
Sobre o ritmo dentro de um poema é bom entendê-lo como parte do poema. Não é necessário cantar para que se encontre o ritmo, ele está ali de uma forma natural envolvido no jogo com as palavras. Por ritmo entendemos a harmonização poética.

4.1 Estudos das rimas

Em relação à rima esta pode ser classificada segundo sua posição no verso sua posição na estrofe, a sua sonoridade, a tonicidade e ainda o seu valor. Então o que vem a ser rima? Trata-se de uma homofonia (sons iguais) externa, constante da repetição dos fonemas dos versos que se seguem
Professor, a busca das classificações das rimas já está ao seu alcance. Acredito ser de muita valia que ela já esteja no decorrer da sequência. A sugestão de atividade é que busque por poemas e faça as atividades com seus alunos buscando identificar quais tipos de rima o poeta fez uso em seus poemas. Como sugestão de sítios eletrônicos, a recomendação é a seguinte:


4.2 Posição na estrofe
Cruzada ou alternada: O primeiro verso rima com o terceiro, e o segundo com o quarto (abab).
Minha desgraça não é ser poeta,
Nem na terra de amor não ter um eco,
E meu anjo de Deus, o meu planeta
Tratar-me como trata-se um boneco.

(Minha Desgraça, Álvares de Azevedo)

Interpolada ou intercalada: Frequentemente usada em sonetos, o primeiro verso rima com o quarto, e o segundo com o terceiro (abba).

Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro da escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.

(Psicologia de um Vencido, Augusto dos Anjos)

Emparelhada: O primeiro verso rima com o segundo, e o terceiro com o quarto (aabb).

Aos que me dão lugar no bonde
E que conheço não sei de onde,
Aos que me dizem terno adeus
Sem que lhes saiba os nomes seus.

(Obrigado, Carlos Drummond de Andrade)

Encadeada ou internas: Quando rimam palavras que estão no fim do verso e no interior do verso seguinte:

Salve Bandeira do Brasil querida
Toda tecida de esperança e luz
Pálio sagrado sobre o qual palpita
A alma bendita do país da Cruz.

Misturadas: Não tem ordem determinada entre as rimas.

A chuva chove mansamente... como um sono
Que tranquilize, pacifique, resserene...
A chuva chove mansamente... Que abandono!
A chuva é a música de um poema de Verlaine...
E vem-me o sonho de uma véspera solene,
Em certo paço, já sem data e já sem dono...
Véspera triste como a noite, que envenene...
Num certo paço, muito longe, em terra estranha,
Com muita névoa pelos ombros da montanha...
Paço de imensos corredores espectrais,
Onde murmurem, velhos órgãos, árias mortas,
Enquanto o vento, estrepitando pelas portas,
Revira in-fólios, cancioneiros e missais.

(A Chuva Chove, Cecília Meireles)

Versos brancos ou soltos: São os que não tem rima.


A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.
(Rosa de Hiroshima, Vinícius de Moraes)

4.3 Tonicidade
Agudas ou masculinas: Quando a rima acontece entre palavras oxítonas ou
monossilábicas.

Exemplo: Valor/Amor, és/viés

Graves ou femininas: Quando a rima acontece entre palavras paroxítonas.

Exemplo: Santa/planta, mala/sala, toque/choque.

Esdrúxulas: Quando a rima acontece entre palavras proparoxítonas.

Exemplo: Mágico/Trágico, Fábula/tábula.


4.4 Sonoridade

Perfeitas (consoantes, soantes, totais): Há uma perfeita identidade dos sons finais, assim como uma semelhança entre as últimas vogais e consoantes.

Exemplo: Fada/dourada, rosa/formosa, anil/Brasil.

Imperfeitas (assonantes, toantes, parciais): Quando, ou há identidade apenas entre as vogais finais, não havendo necessariamente identidade entre os sons finais, ou quando a sonoridade é semelhante, mas a grafia das palavras é diferente.

Exemplo: Estrela/vela, vertigem/virgem, mais/faz, seis/fez.

Pobres: Quando a rima acontece entre palavras da mesma classe gramatical.

Exemplo: Falar/amar, o calor/o sabor, bonito/bendito.

Ricas: Quando a rima acontece entre palavras de classes gramaticais diferentes.

Exemplo: Cantando/bando, mar/navegar, vagos/lagos e quem/tem

Raras: Quando a rima acontece entre palavras de difícil combinação melódica.

Exemplo: Cisne/tisne.

Preciosas: Rimas entre verbos na forma verbo-pronome com outras palavras.

Exemplo: Estrela/tê-la, Tranquilo/segui-lo.
         Seguindo as estratégias de ações para a leitura durante esta sequência didática, professor, e para iniciar este procedimento anterior à leitura, será feito da seguinte maneira:

·         Escreva no quadro as perguntas abaixo e leia-as junto com os alunos.
Depois, leia novamente o texto em voz alta e peça-lhes, ao final da leitura, que respondam àquelas perguntas.
1. Quem é o autor do texto? Como podemos descobri-lo?
2. Onde o texto foi publicado?
3. Quantos versos têm este poema?
4. Quantas estrofes há no poema?
5. Quais as palavras que rimam entre si?
É muito importante que os alunos conheçam as questões a que terão que responder, pois elas direcionarão a escuta de sua segunda leitura. E por ser este um exercício de direcionamento à compreensão, sua prática constante nas atividades didático-pedagógicas poderá incutir no aluno compreensões muito além dos muros da escola, quando ele necessitará se manifestar nas diversas atividades da sua vida em sociedade.

“(...) nas inúmeras situações sociais de exercício da cidadania que se colocam fora dos muros da escola – a busca de serviços, as tarefas profissionais, os encontros institucionalizados, a defesa de seus direitos e opiniões – os alunos serão avaliados (em outros termos, aceitos ou discriminados) à medida que forem capazes de responder a diferentes exigências de fala e de adequação às características próprias de diferentes gêneros do oral. [...] A aprendizagem de procedimentos apropriados de fala e escuta, em contextos públicos, dificilmente ocorrerá se a escola não tomar para si a tarefa de promovê-la” (PCN, p. 25).

5. Organização e sistematização do conhecimento.


5.1 Análise dos modelos: estudo detalhado dos elementos do gênero, suas situações de produção e circulação.

Professor é necessário identificar os elementos da situação da produção. Este critério define melhor o gênero que neste caso de estudo é o poema. Elementoschaves que podem contribuir para o conhecimento sobre o mesmo, bem como a sua circulação, são os seguintes:
· Quem escreve?;
· Para quem?;
· Por quê?;
· Onde circula?; e,
· O que não pode faltar?
Torna-se, com efeito, importante refletir sobre o uso e a função do poema na nossa sociedade. Os paralelos citados nesta organização concedem os dados já sugeridos anteriormente de compreensão leitora do gênero.
Quanto ao trabalho com a língua portuguesa, quando possível na análise do texto poético, podem ser destacados elementos linguísticos. Por exemplo, quando acontecer o estudo da rima, pode-se com muita propriedade efetivar um trabalho de estudo de classificação das palavras quanto à sílaba tônica, entre outras marcas características do gênero como expressões articuladoras, classes de palavras utilizadas dento do poema, tempo verbal, entre outras.